CAR Cadastro Ambiental Rural
Serviço ambiental
Blog destinado ao Meio Ambiente e à Prestações de Serviços Ambientais
quinta-feira, 12 de março de 2015
segunda-feira, 9 de março de 2015
ATENÇÃO PROPRIETÁRIOS DE IMÓVEIS RURAIS!!!
Se você possui uma propriedade que recolhe o ITR (Imposto
Territorial Rural), desde grandes imóveis de produtores agrícolas até pequenos
sítios ou chácaras de lazer, o prazo do CAR (Cadastro Ambiental Rural) está no
final, só vai até 6 de maio de 2015, esse cadastro é OBRIGATÓRIO, caso
contrário seu imóvel se tornará IRREGULAR, gerando diversos impedimentos, desde
advertências, multas e impossibilidade de venda, o CAR foi estabelecido pelo
Novo Código Florestal e deve ser realizado em todo o Brasil, esse cadastramento
leva a um mapeamento e caracterização
técnica da propriedade (trabalho técnico), mais informações estou a disposição
in box, obrigado
CAR Cadastro Ambiental Rural.
CAR Cadastro Ambiental Rural.
terça-feira, 27 de maio de 2014
UM “CANTO” POR LIBERDADE
Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com
dores de parto até agora (Romanos 8:22).
Toda a criação de Deus permanece
interligada, desde as mais inúmeras galáxias, até o mais simples jardim encontrado
em alguma praça pública. O Sistema é um só, as funções de cada componente é que
se diferem.
Certamente o Criador preparou
esse grandioso Sistema natural em prefeita harmonia, isso implica que toda interferência
artificial, seja pelo acréscimo ou pelo decréscimo de componentes resulta em um
abalo sistemático. A frequência e a
intensidade desse abalo é que vai ditar a gravidade do impacto ambiental que o
Sistema sofrerá.
Não é preciso um estudo tão profundo
para notar as respostas que temos obtido por toda essa interferência
descontrolada. Um exemplo recente que tem chamado atenção da população e das
autoridades do Estado de São Paulo, é a questão da má gestão da água, onde
precisou chegar a um nível mais crítico para rever a importância de uma sadia administração.
Inúmeros são os problemas de
cunho ambiental, mas nesse texto abordarei um que não julgo ser de menos
importância do que os outros, mas que muitas vezes tem se passado por
despercebido pela maioria da nossa sociedade.
A questão a ser abordada é a da
fauna, especificamente a das aves, animais que possuem grande importância ecológica
para o meio ambiente, entre algumas delas posso citar: controle biológico de
pragas, a polinização das flores, a dispersão de sementes e outros.
Sua morfologia é particular, toda
ela projetada para o voo, elas encantam por sua beleza exuberante e pelo seu belo
canto. Características pelas quais as levam a serem aprisionadas!
Mas que mal fizeram? Por que as
impedem de voar? Quais crimes cometeram? Quem são seus advogados? Por quem e
aonde foram condenadas? Quem homologou a sentença? E por que prisão perpétua?
Fonte: www.sempretops.com
É triste saber que em um país onde
se fala de preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável, seja
permitido o cativeiro dessas espécies. As mais atingidas são as da ordem Psitaciformes (papagaios, araras,
periquitos, maritacas, cacatuas, etc), e as da ordem Passeriformes, mais conhecidas como os pássaros.
Entre algumas aves brasileiras
ameaçadas de extinção posso citar: a Arara vermelha (Ara chloropterus), a Arara Canindé (Ara ararauna), o Papagaio de cara roxa (Amazona brasiliensis), a Crejoá (Cotinga maculata), o Sabiá-pimenta (Carpornis melanocephala), o Cardeal-amarelo (Gubernatrix cristata), a arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus), entre muitas outras. Além da Ararinha-Azul
(Cyanopsitta spixii), que já foi
considerada extinta.
E qual o tipo de educação
ambiental que estamos ensinando ou aprendendo? Creio eu ser aquela onde a
palavra “liberdade” não encontre seu espaço e não possua seu grande valor entre
as pessoas.
Qual a ave que vagueia longe do seu ninho, tal é o homem que
anda vagueando longe da sua morada (Provérbios
27:8).
Por Alexandre Tiltscher
Engenheiro Ambiental
terça-feira, 23 de abril de 2013
Auditoria Ambiental, instrumento de
Gestão Ambiental
Com o grande crescimento das políticas
ambientais, da grande propagação do conceito da sustentabilidade, assim como
novas tecnologias que visam diminuir os impactos ambientais no nosso planeta,
outro sistema que vem ganhando força atualmente, são as auditorias ambientais. Que
basicamente se resume a um processo que verifica, avalia e certifica:
documentos, atividades, sistemas de gerenciamento, condições e outros,
relativas ao meio ambiente e seus critérios de conformidade. As etapas de uma
auditoria ambiental, normalmente são planejamento, preparação, execução e
elaboração do relatório final. Os principais atores em um processo de auditoria
são o cliente, o auditado, o auditor líder, sua equipe de auditores e
especialistas, essas partes variam de representação, conforme o tipo de
auditoria que for solicitada. Exemplo de alguns tipos de auditorias, são de
conformidade legal, de aquisição, fusão, alienação, de certificação de Sistema
de Gestão Ambiental (SGA), etc.
As auditorias podem ser internas, podendo ser
executadas por pessoas pertencentes a própria organização, ou externa,
realizadas por pessoas independentes da organização.
Diversas
são as normas brasileiras relacionadas ao tema meio ambiente, no caso das
auditorias ambientais podemos citar a NBR ISO 19011:2002 e o CONAMA 306/2002,
já as normas relacionadas aos sistemas de gestão ambiental, podemos citar a NBR
ISO 14001:2004 e NBR ISO 14004:2005. Essas normas, não tem como objetivo criar
algum impedimento comercial, ou interferir em alguma obrigação legal, a NBR ISO 14001 por exemplo, tem como foco,
auxiliar e capacitar as organizações de elementos eficazes para compor seu
sistema de gestão ambiental. Além disso, elas são aplicáveis a qualquer tipo de
organização, independente do seu tamanho, condições geográficas, culturais etc.
As normas trazem grandes benefícios as organizações, mas para que se obtenha
melhores resultados, além da organização ter um bom sistema de gestão
ambiental, sua aplicação em seus diversos setores deve ser satisfatória.
Todas
essas normas de certificação possuem seu sistema de auditoria, tanto no que diz
respeito ao mecanismo de avaliação, quanto ao de concessão da avaliação. A NBR ISO
19011 é um avanço nesse novo sistema, ao invés de diversas normas
independentes, ela engloba diretrizes da auditoria de sistemas de gestão da
qualidade e/ou sistemas de gestão ambiental. Ela também pode fazer uma ligação entre uma
auditoria de sistema de gestão, com algum outro tipo de auditoria.
A
auditoria ambiental vem crescendo, principalmente no que diz respeito a implantação
e o fortalecimento dos sistemas de gestão ambiental das empresas, com isso traz
benefícios como prevenir processos e ações judiciais, reduz risco de impacto
ambiental negativo, melhora o controle operacional, além de promover o
desenvolvimento sustentável.
Por Alexandre Tiltscher
Engenheiro ambiental
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Resíduo
ou Matéria-prima?
Com
o crescimento industrial em alta, grandes taxas de produção e consumo de
produtos, se tornaram comuns nos dias de hoje, com isso, mesmo havendo
politicas, legislações, e tratamento de resíduos, seu acúmulo é praticamente
inevitável, tornando-se um grande passivo ambiental mundial. Não bastasse esse
acúmulo, pra piorar a situação grande parte desses resíduos, são classificados
como perigosos. A geração, o acúmulo, a periculosidade, o não tratamento e a
destinação de final incorreta, se tornaram um grande problema ambiental da
sociedade moderna. A sociedade antigamente não produzia o volume de resíduos
que é produzido atualmente, seu impacto vai desde a atmosfera, passando por
fauna, flora, solo, águas superficiais e subterrâneas, qualquer tipo de
organismo vivo, até chegar a atingir a saúde humana, a poluição é um rico
emergencial que deve ser tratada.
Mas
como falar de resíduos sem falar de reciclagem, afinal é por causa dela, que
não nos encontramos em uma situação bem mais delicada, com o meio ambiente bem
mais degradado. A reciclagem, além de proporcionar ganhos ambientais, evitando
a degradação, também proporciona ganhos econômicos, pois a utilização de um
resíduo como matéria prima na elaboração de um novo produto, por uma série de
fatores como redução de energia, de matérias, de recursos hídricos, de controle
e disposição final desses e outros, se torna mais econômica do que a utilização
de uma matéria prima virgem. Além da economia na extração de produtos naturais,
o que consequentemente gera uma maior regeneração do meio ambiente, e da
questão da saúde pública, onde grande parte das mortes de pessoas, estão
relacionados com a má gestão do lixo.
Se
continuarmos nessa intensidade, a perspectiva é negativa, que até 2025 o volume
do lixo produzido, possa dobrar, a não ser que haja um maior interesse e das
empresas e da sociedade, gerando uma mudança de comportamento. Apesar das
tecnologias de reciclagem e reaproveitamento de resíduos, nas últimas décadas terem
evoluído muito, ainda não conseguem acompanhar o crescimento da geração mundial
de resíduos, uma grande questão a ser resolvida.
Para
uma mudança positiva significativa, nesse setor, é necessário primeiramente que
haja uma mudança de pensamento, tanto das empresas na produção de seus
produtos, até sua destinação pós-consumo, passando por políticas e educação
governamentais, chegando na sociedade, com a quebra do paradigma, de que para
se ter uma boa qualidade de vida é necessário cada vez mais, aumentar o consumo
de bens materiais. Mas há de se louvar também um avanço do setor, a biodigestão
de resíduos, o reaproveitamento energético, o avanço do conceito dos 3Rs
(reduzir, reutilizar, reciclar), podendo chegar atualmente no conceito dos 5Rs
(repensar, reduzir, reutilizar, reciclar e responsabilizar),entre outros, são
progressos considerados no tratamento de resíduos sólidos. Para que esse avanço
no tratamento dos resíduos possa ter um melhor êxito, a educação ambiental,
levando a quebra de paradigmas, a sinergia de todos os setores da sociedade,
levando a pratica sustentável, são princípios fundamentais a serem tomados para
um planeta mais limpo.
resíduos sólidos
Por Alexandre Tiltscher
Engenheiro Ambiental
sábado, 9 de março de 2013
Economia Verde e o Pagamento Por
Serviços Ambientais (PSA)
O termo grego Economia, cujo um dos seus significados
é o de “gestão da casa”, possui diversas
ramificações, mais que recentemente incluiu como mais um dos seus ramos a
Economia Verde ou Economia Ambiental. Trata se então da aplicação de valores econômicos
a bens ambientais, e em contra partida a inserção desses bens ambientais no
mercado econômico. Já o Pagamento Por
Serviços Ambientais (PSA), encontra se inserido dentro de uma economia verde, ele
é mais um instrumento, entre tantos, que pode vir como uma grande contribuição
em um sistema de gestão ambiental em uma determinada região.
A natureza presta serviços ambientais para o planeta
e para a humanidade insubstituíveis, diria que até “não avaliável”, tamanho a
necessidade humana desses para sua sobrevivência na Terra. Dentre os muitos
serviços ecossistêmicos prestados podemos encontrar: a fotossíntese, o
armazenamento e abastecimento de águas aos aquíferos, a regularização de
temperatura, a purificação do ar, ciclagem de nutrientes, entre outros. E são a
preservação e a manutenção desses serviços que o PSA tem como alvo principal. Mas
se á a natureza que presta esses serviços por que então pagar por eles?
Fonte: http://www.portalodm.com.br/pagamento-por-servicos-ambientais-psa-conheca-como-funciona--n--554.html
O meio ambiente clama por preservação e conservação,
nesse sentido o PSA vem trabalhando com o princípio do protetor-recebedor,
buscando e incentivando agentes que venham preservar o meio ambiente em que atuam.
É mais fácil investir na preservação de um recurso natural, do que fazer sua
recuperação depois que este sofre uma degradação ambiental. Além disso, o PSA
também cumpre um papel socioambiental, na medida em que contribui com moradores
de terras a serem preservadas, ou destinem parte da sua renda pra melhor adequação
e moradia da população de uma determinada região.
Mas o PSA ainda as em processo de adequação, por se
tratar de um mecanismo de pagamento através da valoração ambiental, é comum se
deparar com falhas de mercado, porque como citei anteriormente é valorar o “não
avaliável”, mas que de alguma forma foi tomado algumas providencias no sentido
de atentar para algo que se passava por despercebido. Devido ao grande desmatamento
de florestas e a degradação ambiental em que o planeta se encontra, o conceito
do poluidor-pagador veio primeiro, em seguida o de pagamento por serviços
ambientais. É claro que o planejamento, a gestão e a legislação ambiental,
precisam ser aperfeiçoadas nesse sentido, cuidados como o desvio de verbas e enriquecimento
de poucos devem ser tomados, o certo é que uma iniciativa foi tomada, e mais um
mecanismo vem sendo implantado, rumo a tão almejada sustentabilidade.
Por Alexandre Tiltscher
Engenheiro Ambiental
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Solo Sustentável - Colheita Próspera
O solo é um recurso
vital para a humanidade, diversas são suas funções e grandiosos seus benefícios
para à vida na Terra. Posso citar algumas funções do solo de natureza ecológica:
um grande meio de suporte e de provisão para a produção de biomassa; um enorme
reservatório da biodiversidade; ter um papel fundamental como regulador
ambiental funcionando como um filtro, um acumulador e um transformador de compostos
e organismos vivos; além da sua participação assídua no ciclo hidrológico; sua
interação e nutrição de todo tipo de espécie vegetativa; de ser uma rica fonte
de matéria prima; e de possuir tesouros arqueológicos, paleontológicos e
paleoambientais.
Diante de tanta
complexidade e importância, o solo também é utilizado para a agricultura, uma
prática essencial para nossas vidas, mas que deve ser praticada com o devido
cuidado, visando sempre técnicas produtivas sustentáveis. Diferente do
pensamento de muitas pessoas, o solo não se encontra em grande abundância para
o uso agrícola, apenas 11% são de boa qualidade para esta prática, em outras
áreas ele é encontrado muito úmido ou muito seco, muito raso, quimicamente
desiquilibrado, ou até mesmo congelado. Com essa menor porcentagem de terras
produtíveis, há então duas questões a serem resolvidas, a primeira é a
manutenção dessas terras para sua melhor utilização ao longo prazo, e a segunda
é o não avanço para terras que tem outras funções ecossistêmicas.
Essa manutenção não é
tão simples quanto parece, a degradação ambiental é o seu principal obstáculo a
ser vencido, o solo por si só já sofre essa degradação por processos naturais,
seja pelo clima atmosférico, seja por uma invasão de animais ou plantas
daninhas, seja por processos erosivos, hidrologia, etc. Agora a maior
responsabilidade da degradação ambiental dessas terras, se diz respeito das
ações antrópicas, essas sim podem ser mais bem planejadas e executadas, visando
sempre o uso sustentável dessas terras. Sabe-se que os processos de regeneração
do solo são muito lentos, ou, muitas vezes, irreversíveis, podendo chegar até a
desertificação. A maioria dos impactos negativos nessas terras são de práticas
agrícolas inadequadas como o uso excessivo de pesticidas e fertilizantes, a
mecanização pode causar a compactação do solo dificultando seu uso, a irrigação
excessiva pode causar a salinização e a elevação do lençol freático, encurtamento
do pousio, desmatamento, etc.
O avanço para terras
que tem outras funções ecossistêmicas, se da muitas vezes através do desmatamento.
Um dos maiores índices de destruição de florestas acontece pela abertura de
clareiras para fins agrícolas, além do impacto negativo do ecossistema, a
regeneração desse solo pode durar de cinco à quinze anos. Outro impacto que
geralmente acontece, é o da destruição da cobertura vegetal para o uso da lenha
para combustível, além do desmatamento, também contribui para a erosão do solo.
Há também a expansão agrícola para áreas de encostas, o que se torna ainda mais
perigoso, pois estas, muitas vezes, são consideradas áreas de risco.
O que mais contribuiu
para esse tipo de degradação ambiental é, sem dúvida, o crescimento
populacional juntamente com o desperdício e a má administração na distribuição
alimentícia. A pressão por novas terras e a demanda por mais alimentos trouxe
consigo uma pressão ímpar para resultados rápidos, com isso ainda há falta de
educação, planejamento, manejo, etc. Inúmeros são os perigos da má gestão do
solo, tanto para essa, como para as futuras gerações. Por mais que pareça
“insistente” ou até mesmo “cansativo”, a sustentabilidade deve ser praticada
verdadeiramente nas atividades agrícolas, existe a necessidade de cooperação e
interação entre os produtores mais ricos e os mais pobres, é preciso despertar o
interesse por parte do consumidor e do produtor por práticas de cultivo que
façam parte do “ecologicamente correto”, pois só assim haverá
solo fértil para o semeador. ▪
Por
Alexandre Tiltscher
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